PRIMADO DOS DEZ MANDAMENTOS
1. O decálogo (Dez Mandamentos), é o
cuidado pela manutenção da aliança, da
amizade entre Deus e o homem. Deus livra seu povo da escravidão e estabelece
aliança, amizade, reciprocidade com este seu aliado. Para proteger esta amizade
e manter a aliança são promulgados os dez mandamentos. Assim fazem os amigos,
os namorados, os esposos, os aliados. O amor é exigente, é mandamento. Em
outras palavras, os mandamentos defendem, promovem e cuidam do amor.
2. Os Dez Mandamentos são regras para
proteger a vida. O valor primordial a ser defendido é a vida. Viver bem, ter
vida digna, plena, feliz, eis o que o Deus da vida quer para seus filhos e
filhas. O decálogo é um código de defesa da vida, dos direitos humanos, do verdadeiro
humanismo. São normas que o Criador escreveu em nossos corações como proteção
da vida longa e feliz.
3. Os Dez Mandamentos salvam a
liberdade. Eles nos livram do mal, do egoísmo, da destrutividade. Proibem e
inibem nossa escravidão às coisas e pessoas, libertam do poder do ódio, da
mentira, da ambição, das paixões. São remédio contra os venenos da existência
humana. Quanto mais seguimos os mandamentos mais livres seremos. Livres do mal.
4. Os mandamentos expressam a sabedoria
e providência de Deus. o povo de Deus é sábio, torna-se sábio, se obedecer aos
mandamentos, que são leis inteligentes, justas, autenticas, protetoras. Os Dez
Mandamentos são uma pedagogia porque indicam o caminho do bem, da verdade, da
justiça, da retidão. Conduzem à felicidade e à virtude. Graças ao decálogo podemos
construir uma sociedade justa, fraterna, solidária. O bem comum precisa das
leis do decálogo. Estas leis são um código de ética universal. Valem para todas
as pessoas, culturas e nações.
5. Os Dez Mandamentos são leis inatas,
naturais, dadas pelo Criador, e por Ele colocadas em nossos corações e
consciências. São a base autêntica para a vida pessoal e social. Antes de serem
escritos nas pedras, os mandamentos foram escritos no coração. São a voz da
consciência moral e nos levam a colaborar com o Criador e a conviver com os
outros em igualdade, dignidade, liberdade e reciprocidade. Constituem a lei
natural que ordena a todos: “faze o bem, evite o mal”. Os Mandamentos são o
futuro da humanidade. Se observarmos os mandamentos, temos o futuro garantido,
porque temos a força interior, a bússola dos valores, o rumo certo que preserva
a vida na terra.
6. O decálogo é luz e orientação para a
sociedade. Não precisaríamos multiplicar leis, se observássemos os dez
mandamentos. Eles são suficientes e necessários para a organização social.
Quanto menos seguimos os Mandamentos, tanto mais, precisamos promulgar leis que
se tornam coativas, opressoras, arbitrárias. Jesus não anulou o decálogo, mas,
o aprimorou, completou, aprofundou. O novo decálogo são as bem-aventuranças.
Elas mostram o que é a felicidade. São orientações para a concretização do
Reino de Deus. Prescrevem como é o novo mundo, a nova sociedade. Os fariseus
inventaram 615 mandamentos. Jesus resumiu-os em dois. Basta o mandamento do
amor.
7. Os Dez Mandamentos são uma escola,
uma catequese, um ensinamento ético e social. São leis inatas que levam ao bom
senso, à retidão, aos deveres essenciais. O decálogo é a mais perfeita
legislação de todos os tempos. “Se queres entrar na vida eterna, guarda os
mandamentos” (Mt 19,17). Muitos problemas internacionais, continentais, sociais
e pessoais seriam resolvidos se a humanidade observasse os Dez Mandamentos, que
são a síntese da verdadeira humanidade, da retidão da consciência moral e da
sociedade justa e fraterna. Mais que promulgar leis, precisamos voltar à
prática e observância do decálogo que expressa a vontade de Deus e realiza o
desejo do coração humano, da lei natural e da consciência reta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário